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Setembro Amarelo: a relação entre saúde financeira e saúde mental

Setembro Amarelo: a relação entre saúde financeira e saúde mental

by Leticia Camargo / sábado, 13 setembro 2025 / Published in Planejamento Financeiro, Revista Veja
Setembro Amarelo e Finanças

O mês de setembro, por meio da campanha do Setembro Amarelo, marca a conscientização sobre a prevenção ao suicídio e traz um importante convite para refletirmos sobre a saúde mental. Esse é um tema amplo, que envolve vários aspectos da nossa vida… Um deles é exatamente a forma como lidamos com o dinheiro.

A grande verdade é que questões financeiras têm grande impacto no bem-estar emocional. A insegurança em relação ao futuro, a falta de organização e, principalmente, o acúmulo de dívidas, podem gerar ansiedade, estresse e até mesmo prejudicar o sono. Pesquisas mostram que as preocupações financeiras estão entre as principais causas de tensão nas famílias e podem afetar não apenas a saúde mental, mas também a qualidade das relações pessoais.

Apenas a título de exemplo, segundo um levantamento recente da Raio-X Saúde Financeira, conduzido pela Icatu Seguros, sete em cada dez brasileiros reconhecem que sua situação financeira influencia diretamente sua saúde mental e emocional. Os efeitos mais comuns desse impacto aparecem na forma de ansiedade (65%), dificuldades para dormir (50%) e até quadros de depressão (21%), mostrando que a instabilidade com o dinheiro ultrapassa os números no orçamento e se manifesta de maneira real no bem-estar e na qualidade de vida.

Hoje já se fala até em ansiedade financeira, um tipo de sofrimento que se manifesta quando a pessoa sente angústia ao lidar com suas contas, tem medo de abrir a fatura do cartão ou evita falar sobre dinheiro. O problema, muitas vezes, não está apenas na dívida em si, mas na percepção de falta de controle sobre a própria vida financeira.

Imagine a pressão psicológica de uma família diante da possibilidade de ter serviços básicos, como água ou luz, cortados. O impacto vai além das contas: afeta diretamente a tranquilidade e a autoestima. Inclusive, a inadimplência em contas básicas, como energia ou telefone, costuma ser um sinal de que a situação financeira já chegou a um nível crítico e precisa de atenção imediata.

As dívidas, em especial, não representam apenas um problema financeiro. Elas costumam trazer um peso extra: sentimento de culpa, vergonha e a sensação de perda de controle. Esse cenário, se não for enfrentado, pode levar a um ciclo difícil de ser quebrado, em que a pessoa evita falar sobre o assunto, deixa de procurar ajuda e adia soluções possíveis.

Setembro Amarelo e planejamento financeiro

É justamente aí que entra a importância do planejamento financeiro. Organizar receitas e despesas, renegociar dívidas quando necessário e estabelecer metas claras podem devolver a sensação de controle e abrir espaço para mais tranquilidade no dia a dia. Pequenos passos já fazem diferença — como criar o hábito de anotar os gastos, separar recursos para compromissos fixos ou buscar alternativas de redução de despesas.

Nesse sentido, as pesquisas também apontam que quando a pessoa compreende sua situação, organiza seus gastos e define metas realistas, a sensação de confiança aumenta, mesmo que ainda haja dívidas a pagar. Dar pequenos passos, como registrar entradas e saídas, renegociar uma conta ou evitar compras por impulso, pode reduzir a ansiedade e trazer mais clareza para tomar decisões.

Da mesma forma que cuidar da saúde mental exige atenção e, muitas vezes, apoio especializado, cuidar das finanças também pode se tornar mais simples e efetivo com orientação. Romper o silêncio e falar sobre dinheiro é um primeiro passo importante. Assim como falar sobre nossas emoções, falar sobre finanças é essencial para encontrar soluções e construir um futuro mais seguro.

O Setembro Amarelo nos lembra que cuidar da saúde mental é um esforço coletivo. Dentro desse cuidado, também está a forma como lidamos com nossas finanças. Ignorar a dimensão financeira do sofrimento emocional seria negligenciar uma das principais causas de estresse e insegurança na vida moderna.

Se o peso das finanças estiver grande demais, não hesite em procurar apoio. Falar sobre dinheiro, assim como falar sobre emoções, é essencial para encontrar soluções.

Cuidar do bem-estar financeiro, portanto, é também cuidar da saúde mental. Mais do que números em uma planilha, trata-se de encontrar equilíbrio, reduzir a ansiedade e fortalecer a confiança no futuro.

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Tagged under: educação financeira, equilíbrio financeiro, finanças pessoais, planejamento financeiro, tranquilidade

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