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Qual seria uma boa rentabilidade para um investimento de baixo risco?

Qual seria uma boa rentabilidade para um investimento de baixo risco?

by Leticia Camargo / terça-feira, 20 agosto 2019 / Published in Investimentos, Revista Época Negócios

Com a Meta da Selic em 6% ao ano, já não se consegue mais aqueles investimentos de baixo risco, pagando 1% ao mês…. Então, a pergunta que não quer calar é: “Qual seria uma boa rentabilidade para um investimento de baixo risco atualmente?”

Foi exatamente isso que um leitor da Época Negócios perguntou e eu tive a oportunidade de responder nesse artigo que foi publicado hoje no Portal (clique para acessar)l.

Expliquei que o Tesouro Selic é o produto financeiro que melhor representa essa boa rentabilidade para um investimento conservador, pois esse título tem essas 3 características:

– Baixo risco de mercado: deve ser aquele em que a incerteza quanto à sua rentabilidade futura é bem pequena;

– Baixo risco de liquidez: deve ter boa liquidez, ou seja, poder ser resgatado a qualquer momento sem uma perda de valor e

– Baixo risco de crédito: além disso, também deve ser baixo o risco de o emissor não honrar o seu pagamento.

Outros produtos com essas caraterísticas são os CDBs de bancos de primeira linha e os fundos de investimento DI.

 

Mas… De quanto é essa boa rentabilidade para um investimento conservador?

Voltando ao Tesouro Selic, sua rentabilidade líquida de custos e impostos é a seguinte: uma composição dos 5,9% da Taxa SELIC atual (a Taxa SELIC historicamente costuma ser um pouco mais baixa do que a Meta da SELIC, que é aquela determinada pelo Copom), menos os 0,25% que o Tesouro cobra para que o investidor possa investir nesse título, que dá 5,64% ao ano.

Isso vale para casos em que a instituição custodiante não cobre nenhuma taxa adicional no Tesouro Direto. Faça uma busca no site do Tesouro Direto para ver todas as Instituições Financeiras habilitadas e descobrir o quanto cada uma cobra de seus clientes.

Porém, ainda é necessário descontar o imposto de renda sobre a rentabilidade, que é cobrado no vencimento do título ou no resgate e cuja alíquota vai depender do prazo do investimento. Esse imposto começa em 22,5%, se o vencimento ou resgate acontecer nos primeiros 180 dias da aplicação, chegando a 15% após 720 dias da compra do título.

Sendo assim, a rentabilidade líquida de taxa (cobrada pelo Tesouro Direto) e de imposto é de 4,37% ao ano para vencimentos ou resgates no primeiro caso e de 4,79% ao ano no segundo.

 

E se eu resgatar em um prazo diferente de um ano?

Se, por exemplo, o vencimento ou resgate do título for no prazo de 3 meses após a aplicação, a rentabilidade recebida será proporcional ao período do investimento. E a alíquota do imposto também irá considerar esse prazo. Veja esse texto sobre a tributação dos investimentos para saber mais sobre o imposto que será pago.

O que ocorre é que é um costume do mercado mostrar sempre a taxa ao ano, mas ela será proporcional ao prazo em que o dinheiro estiver aplicado.

No caso do exemplo acima, se o dinheiro ficar aplicado por 3 meses e considerando 21 dias úteis em cada mês, a rentabilidade nesse período, já liquida de custos e impostos, seria de 1,07%. Isso mesmo, quase 3 meses para conseguir 1% de rentabilidade! Realmente não está fácil….

 

Mas será que a poupança está rendendo mais?

A nova poupança atualmente paga 70% da Meta da SELIC (tem a correção pela TR também, mas que no momento está zerada) e é isenta de imposto. Portanto, a rentabilidade seria de 4,2% ao ano.

Sendo assim, mesmo pagando o imposto de renda no Tesouro SELIC, a remuneração recebida nesse título ainda seria maior do que a da poupança que é isenta.

 

E então? O que achou? Os tempos de alta rentabilidade para investimentos mais conservadores e de baixo risco estão acabando. É preciso ficar atento e diversificar um pouco mais a carteira de investimentos e assumir mais riscos, se a meta for atingir rendimentos maiores.

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Tagged under: diversificação, educação financeira, investimento, renda fixa, tesouro direto

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