Os fundos setoriais de ações tiveram um ótimo desempenho em julho e estão chamando a atenção como alternativa de investimento. Porém, a pessoa física deveria aplicar neste tipo de produto financeiro?
Esta foi a reportagem do Jornal Valor Econômico “A concentração fez a força” do dia 06 de agosto que contou com a minha colaboração.
Em primeiro lugar, precisamos definir o que são fundos setorias: são aqueles fundos de ações que aplicam em uma única ação ou em um setor específico.
No caso dos fundos de uma única ação, conforme falei ao jornal, não há muita vantagem em se efetuar esta aplicação por meio deste veículo. O gestor irá cobrar uma taxa de administração, mas o seu trabalho será basicamente o de comprar mais destas ações caso o fundo receba algum aporte e vender estas ações caso o fundo sofra algum resgate. Ou seja, não há nenhuma expertise por trás disto.
O investidor pode simplesmente comprar as ações diretamente e economizar esta taxa de administração. Além disso, quando as ações pagam dividendos, os acionistas pessoas físicas são isentos do IR, mas se o pagamento for por meio de um fundo, suas cotas se valorizarão e, no resgate, o investidor pagará 15% sobre este ganho.
Também não há grandes vantagens em aplicar em fundos que repliquem índices setoriais que já sejam cobertos por ETFs (fundos de índices negociados em bolsa). Pois estes últimos tem taxas de administração mais baixas. Veja aqui uma lista completa dos ETFs negociados atualmente.
Como o importante é manter uma carteira de investimentos diversificada, então seria necessário escolher mais de um fundo setorial para evitar concentrar o risco, o que pode não ser muito fácil e nem prático para o investidor comum.
Desta forma, uma boa opção pode ser um fundo de ações livre, em que o responsável fará uma gestão profissional escolhendo quais os melhores papéis para a carteira do fundo em cada momento.
Segue a matéria do Valor “A concentração fez a força” na íntegra:
