
Ao longo dos anos em que venho trabalhando como planejadora financeira, percebo que muitas pessoas ainda acreditam que planejamento financeiro é sinônimo de controlar gastos ou escolher bons investimentos. Sem dúvida, essas são partes importantes do processo. Mas o planejamento financeiro de verdade vai muito além disso: ele é, antes de tudo, sobre pessoas. Inclusive, foi esse o assunto do meu artigo que saiu na Coluna da Lu Lacerda na Veja Rio dessa semana.
Cada cliente que atendo tem uma história, objetivos próprios, desafios únicos, sonhos que deseja realizar. Um exemplo que relatei em um outro artigo aqui do site, foi o caso de uma cliente que passou por um processo de planejamento financeiro de 6 meses com reuniões semanais para entender seus hábitos de consumo desordenados. Com mudanças de hábitos financeiros, ela quitou suas dívidas, construiu uma reserva de emergências e deixou de pagar o passado, passando a planejar o futuro.
É por isso que o planejamento precisa ser feito de forma personalizada e completa. Não se trata apenas de planilhas e números. Trata-se de entender a vida da pessoa como um todo e ajudá-la a tomar decisões mais conscientes e alinhadas com o que realmente importa.
Os 6 componentes do Planejamento Financeiro
O olhar que trago para o planejamento financeiro é holístico, abrangente… Isso significa considerar todas as áreas da vida financeira de forma integrada, compreendendo como elas se conectam e se influenciam mutuamente. Em outras palavras, o trabalho considera detalhadamente esses seis componentes abaixo que, juntos, formam uma base sólida para construir uma vida financeira saudável:
- Gestão financeira: envolve o controle do orçamento, o equilíbrio entre receitas e despesas, o acompanhamento do fluxo de caixa e a criação de uma reserva de emergência. É o ponto de partida para tudo.
- Gestão de ativos: aqui entra o mundo dos bens da família, incluindo os investimentos, mas sempre com foco no seu perfil de risco, nos objetivos da pessoa ou família e no tempo disponível para alcançar cada um deles.
- Gestão de riscos: é essencial proteger o que foi conquistado. Isso inclui seguros de vida, de saúde e de patrimônio.
- Planejamento tributário: analisar o impacto dos impostos e buscar formas legais de otimizar a carga tributária pode fazer uma grande diferença no resultado ao longo dos anos.
- Planejamento sucessório: muitas pessoas evitam falar sobre esse tema, mas pensar na transmissão de bens e na continuidade do patrimônio é uma forma de cuidado com a família e com o legado que se quer deixar.
- Planejamento de aposentadoria: talvez um dos tópicos mais desafiadores, porque exige olhar para o futuro com realismo e disciplina, preparando-se desde já para garantir a autonomia financeira lá na frente.
Temos uma racionalidade limitada
Além disso, é fundamental lembrar que não somos seres totalmente racionais. Temos uma racionalidade limitada e nossas decisões financeiras são profundamente influenciadas por emoções, hábitos, crenças e experiências de vida.
A vida está cheia de exemplos que reforçam isso… É comum vermos pessoas deixarem de investir para a aposentadoria por acharem que ainda “falta muito tempo para se aposentar” ou gastarem mais do que deveriam em uma promoção relâmpago por medo de “perder uma oportunidade”.
Por isso, integrar conceitos da psicologia econômica e do comportamento financeiro é parte essencial do meu trabalho. Ou seja, ajudar os meus clientes a entenderem seus padrões, ganharem clareza sobre seus valores e construírem hábitos mais saudáveis é tão importante quanto montar uma boa carteira de investimentos.
Planejamento financeiro, é uma jornada de autoconhecimento e transformação. E é um privilégio poder caminhar ao lado de cada cliente nesse processo. Se você também deseja construir uma vida financeira mais alinhada aos seus valores e objetivos, que tal dar o primeiro passo? Comece a transformar sua relação com o dinheiro hoje mesmo. Para falar comigo, clique aqui!