
Sim, isso mesmo: qual lição sobre finanças o crochê pode nos ensinar? Pois é… Sempre vi minhas avós e bisavós entretidas com as artes manuais, era bordado, tricô e crochê. Eu, por outro lado, estudei em colégio de freiras e aprendi a bordar desde nova. Como sempre gostei das agulhas (adoro arrumar uma peça descosturada!), agora resolvi me enveredar pelo crochê!
Comecei a crochetar recentemente e estou adorando. Virou um hobby terapêutico, que tem me ajudado a desacelerar no final do dia e a exercitar a minha paciência (rsrs).
Mas, como planejadora financeira, não demorou muito para eu perceber que até os hobbies trazem lições sobre finanças importantes.
Descobri um verdadeiro mundo paralelo e me empolguei. Uma infinidade de fios, agulhas de diferentes espessuras, botões, alças, pedras e acessórios que eu nem imaginava que existiam. Além das aulas presenciais e on-line de todos os tipos e valores. Quando percebi, minhas redes sociais só me mostravam trabalhos artesanais e eu já tinha comprado quatro agulhas, vários novelos de fios de cores e texturas variadas e uma coleção de pequenos itens “essenciais”, além de cursos digitais.
A primeira lição sobre finanças que o crochê revela: gastos impulsivos
Voltando ao crochê, posso afirmar que essa experiência me fez lembrar de como é fácil gastar além da conta quando nos apaixonamos por algo novo. É preciso manter a cabeça no lugar. O entusiasmo pode ser um perigo para as finanças, se não estabelecermos limites claros. E olha que não sou consumista!
É como quando descobrimos um restaurante incrível, um aplicativo que promete praticidade ou uma promoção irresistível: sempre parece haver uma justificativa para abrir a carteira. Mas, se não estabelecermos limites, podemos perder o controle.
O lado bom é que já presenteei duas amigas com as bolsas de crochê feitas por mim, e isso deu uma compensada no orçamento. Mas, o valor gasto em todo esse material ainda está bem acima do que eu teria desembolsado comprando os presentes. Eu sei que ainda tenho muito material que poderá virar novas produções. Porém, a verdade é que ainda estou no déficit!
Mas, é claro, o carinho e a dedicação envolvidos não têm preço. Na maioria das vezes, investir em algo que gera bem-estar e autocuidado também tem muito valor.
A propósito, olha que interessante… Pesquisando sobre hobbies, descobri algo muito legal sobre as bibliotecas da Finlândia: além de livros, elas também oferecem a possibilidade de “emprestar um hobby”. Com um simples cartão da biblioteca, qualquer pessoa pode experimentar atividades como o tricô, música e até mesmo passes gratuitos que dão acesso a piscinas. É como se a biblioteca fosse um verdadeiro centro comunitário, incentivando não só a leitura, mas também o lazer, a cultura e o bem-estar.