Leticia Camargo

  • Home
  • Artigos
  • Sobre
  • Serviços
  • Na mídia
  • Contato

Qual índice de inflação devo utilizar?

Qual índice de inflação devo utilizar?

by Leticia Camargo / quarta-feira, 06 julho 2016 / Published in Finanças Pessoais

Em diversas ocasiões eu tive a oportunidade de reforçar a lógica de que quando vamos considerar o retorno dos investimentos para calcularmos o aumento de nosso poder de compra, precisamos utilizar os juros reais, ou seja, aqueles que remuneram acima do índice de inflação. Se você ainda tem alguma dúvida com relação a isso, clique aqui e leia um texto em que eu explico isso em maiores detalhes.

Diante desta premissa e da constatação de que existem vários índices, você talvez esteja se perguntando: qual índice de inflação devo utilizar? Vamos analisar isso nas próximas linhas…

Qual seria o melhor índice de inflação a ser considerado?

– IPCA e INPC:

Dentre os índices de inflação amplamente divulgados, o IPCA e o INPC costumam ser os mais adequados, pois são índices de preços ao consumidor e suas abrangências são representativas no Brasil.

Para se ter uma melhor ideia, o INPC abrange lares com rendimentos entre 1 a 8 salários-mínimos, enquanto o IPCA compreende domicílios com recebimentos entre 1 e 40 salários-mínimos. Ambos os índices consideram as famílias residentes em áreas urbanas das regiões metropolitanas de: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília e municípios de Goiânia e Campo Grande.

– IGP-M e IGP-DI:

Por outro lado, os índices da família dos IGPs – IGP-M e IGP-DI, por exemplo – são uma média ponderada de 3 outros índices, o IPA (Índice de Preços no Atacado), o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção). E, como 60% de sua composição considera o IPA, os IGPs são muito afetados pelo câmbio. Pois, enquanto o atacado acaba repassando para seus preços as variações no câmbio, já que não tem muita concorrência, os pequenos varejistas não conseguem repassar estes ajustes em sua totalidade.

– IPC (FGV):

E por último o IPC, que compõe os IGPs, é menos abrangente do que o IPCA, já que considera apenas famílias com rendimentos entre 1 e 33 salários-mínimos, cobrindo somente as capitais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Meta de Inflação do Governo

O Governo utiliza o IPCA como parâmetro para a sua Meta de Inflação, que muda ao longo dos anos e está em 4,5% nesse ano. Além da Meta, o Governo determina também intervalos de tolerância dentre os quais a inflação pode ficar, como veremos a seguir.

Para 2018, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter o Centro da Meta em 4,5% e o intervalo de tolerância caiu de 2 pontos percentuais para 1,5 ponto percentual acima ou abaixo da meta. Essa margem serve para acomodar eventuais choques, como por exemplo, uma geada que venha a impactar para cima os preços dos alimentos in natura. Isso significa que a inflação poderá ficar entre 3% e 6% e ainda ser considerada dentro da Meta.

Segundo a última pesquisa semanal efetuada pelo Banco Central com analistas de mercado, espera-se que a inflação em 2016 (IPCA) feche o ano com quase 8%, ficando bem acima do Teto da Meta, que atualmente é de 6,5%. Alíás, a última vez em que a inflação oficial ficou próxima da Meta foi em 2009, quando ela encerrou o ano em 4,31%.

No ano passado, a inflação ficou acima do Teto da Meta, alcançando 10,67%. Por conta disso, o Presidente do Banco Central teve que escrever uma carta para o Ministro da Fazenda justificando esse estouro. Ao que tudo indica, isso deve se repetir este ano.

Porém, a noticia boa é que na semana passada o Banco Central, em seu Relatório Trimestral de Inflação, estimou que em 2017, o IPCA feche o ano em 4,7%, ou seja, muito próximo do Centro da Meta.

Agora que você já sabe mais sobre qual é o índice de inflação mais adequado para se planejar quanto aos seus retornos reais no futuro, veja aqui este outro artigo em que explico qual o patrimônio que você deverá possuir para poder se aposentar com tranquilidade:

Finanças Pessoais

  • Tweet
Tagged under: finanças pessoais, inflacao, juros

About Leticia Camargo

What you can read next

Sacrifício hoje ou sacrifício no futuro
Renúncia hoje ou renúncia no futuro?
Como se planejar financeiramente para 2022?
Como se planejar financeiramente para 2022?
Reforma Tributária
Reforma Tributária e o seu bolso

Pesquisa

Assunto

Ano

Posts Recentes

  • Nova regra de tributacão dos investimentos

    Nova regra de tributação dos investimentos: o que muda a partir de 2026?

    A Medida Provisória nº 1.303/2025 e o Decreto n...
  • Dia dos Namorados

    Dia dos Namorados: uma boa conversa sobre dinheiro também é uma prova de amor

    O Dia dos Namorados costuma ser um momento de c...
  • Educação financeira para comunidades indígenas

    Imagine viajar até uma aldeia distante… P...

Informação de qualidade para Você.

Insira seu email e receba artigos, informações relevantes, vídeos, ebooks...

Your browser does not support the video tag.
Planejamento Financeiro
Planilha de Fluxo de Caixa A
  • Home
  • Artigos
  • Sobre
  • Serviços
  • Na mídia
  • Materiais
  • Contato

Entre em contato por email:

leticia@leticiacamargo.com.br

TOP
Vá para versão mobile