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Qual a melhor aplicação para o longo prazo?

Qual a melhor aplicação para o longo prazo

Qual a melhor aplicação para o longo prazo

Pensando no longo prazo, quais são as melhores alternativas para colocar meu  dinheiro? Pode ser em Letras do Tesouro Nacional (LTNs)? Ou é melhor fazer um  plano de previdência privada? Há alguma opção diferente? Em qual alternativa a rentabilidade será maior?

Com juros em níveis mais baixos, está cada vez mais difícil multiplicar o patrimônio. Veja a evolução dessas taxas no Brasil: nos anos 90, a taxa de juros real média (acima da inflação) estava em torno de 20% ao ano. Nos anos 2000, estava próxima de 10% ao ano. Essa taxa foi de cerca de 5% ao ano nos últimos três anos. Agora, já está ao redor de 2% ao ano. Realmente uma queda bem acentuada! A partir de agora, para conseguir uma boa rentabilidade será preciso assumir um pouco mais de risco em suas reservas de longo prazo do que era preciso alguns anos atrás.

Se por um lado as taxas para os produtos conservadores estão ficando cada vez  menos atrativas, por outro, é difícil saber qual alternativa de investimento será a de maior rentabilidade no futuro. Como o retorno está diretamente ligado ao risco, o produto que poderá gerar a maior rentabilidade deverá ser também o de maior risco, ou seja, aquele que poderá causar o maior prejuízo.

Dessa forma, melhor do que procurar a maior rentabilidade entre todos os  tipos de investimento, é buscar uma carteira bem diversificada para minimizar os riscos. Porém, lembro que para montar essa carteira é preciso considerar, além do horizonte de investimento, o seu perfil de investidor.

Ao construir esse portfólio, você poderá diversificar entre várias classes de  ativos: DI, produtos atrelados à inflação, fundos imobiliários e ações.

Ressalto que, antes de tudo, é importante constituir uma reserva de  emergências de pelo menos seis vezes seus gastos mensais em produtos conservadores. Esse percentual referente ao DI poderá ser aplicado em CDB, Fundo DI ou poupança.

Para a alocação em inflação, as NTN-Bs (títulos do Tesouro) são uma ótima opção, pois têm sua rentabilidade formada por uma taxa de juros fixa com a correção pelo IPCA. Elas garantem a manutenção do poder de compra de seu patrimônio.

Também é boa alternativa aplicar em fundos imobiliários, pois com uma pequena  quantia é possível comprar cotas de vários desses fundos e receber os rendimentos, que, na maioria dos casos, são isentos de Imposto de Renda (IR).

Se o leitor possuir um perfil mais agressivo, também poderá aplicar parte desses recursos em renda variável. Escolhendo bons gestores de fundos é possível conseguir rentabilidades melhores do que o Ibovespa.

E, por último, um plano de previdência também pode ser muito interessante para quem é assalariado e efetua a declaração de IR pelo modelo completo. Se  contribuir para um PGBL com até 12% de sua renda anual bruta, esse montante poderá ser abatido da base de cálculo para o IR, gerando um benefício fiscal. Esses planos podem ser aplicados em diversos tipos de fundos: DI, inflação e também em fundos com até 49% em ações. Outra vantagem é que os recursos não entram no inventário e podem ser um ótimo veículo de planejamento sucessório.

Portanto, dado o novo patamar de juros, a diversificação se faz cada vez mais  necessária para diluir os riscos visando uma rentabilidade mais atraente. Agora, o maior risco – principalmente para os muito conservadores – será perder seu poder de compra se a rentabilidade de seus investimentos não conseguir nem mesmo alcançar a inflação.

Publicado na Coluna Consultório Financeiro do Jornal Valor Econômico em 19 de novembro de 2012:

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