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Instabilidade global: como investir com segurança?

Instabilidade global: como investir com segurança?

Afinal, como investir com segurança em meio à instabilidade global? Esse foi o título de um texto que publiquei essa semana no Valor Investe (clique aqui para acessar).

O texto foi uma resposta a uma pergunta enviada por um leitor do portal Valor que pedia informações sobre os tipos de investimentos mais seguros para situações de instabilidade global, como é o caso da guerra da Ucrânia.

Vamos então a uma espécie de lista de opções de investimento que formulei…

 

Investimentos mais seguros para cenário de instabilidade

Independente do cenário internacional, os investimentos mais seguros são os de renda fixa pós-fixada por serem os mais conservadores. Eles podem ser divididos em públicos ou privados…

Do lado dos investimentos públicos, temos os títulos de emissores soberanos, como é o caso do Tesouro Selic. Enquanto do lado dos investimentos privados, temos os CDBs, as LCIs e as LCAs e as debêntures atrelados ao CDI, por exemplo.

 

Mas qual deles é mais seguro?

Nesse ponto aqui, vale lembrar que os títulos soberanos podem ser considerados ainda mais seguros do que os demais, como frisei na resposta ao leitor do Portal Valor. Isso ocorre porque são emitidos pelo governo e eventual calote só ocorreria se o país deixasse de honrar seus compromissos.

Porém, entre os investimentos privados também existe um elemento de segurança adicional: a maioria dos títulos emitidos por instituições financeiras (como CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo), possuem a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Em outras palavras, isso quer dizer que, se a instituição financeira quebrar, o FGC devolve o dinheiro dos clientes até o montante de R$ 250 mil por CPF por conglomerado financeiro. Vale apenas frisar que esse valor não é ilimitado. Existe um limite de R$ 1 milhão a cada quatro anos.

 

Por que os pós-fixados são mais seguros?

Os investimentos pós-fixados são considerados mais seguros, porque acompanham o aumento da Taxa Selic, que é a taxa de juros básica da economia.

Quando ocorre uma alta nessa taxa, o que costuma acontecer em cenários de crise, esse aumento dos juros não gera perda nesses investimentos. Ao contrário disso, eles passam a render mais, porque acompanham o aumento da Selic.

Essa lógica não ocorre com os títulos de renda fixa prefixados ou aqueles híbridos indexados à inflação. Ao contrário do que ocorre com os pós-fixados, eles perdem valor quando a taxa de juros aumenta.

 

Cuidado com a inflação!

Apesar de estarem rendendo muito bem atualmente, graças às sucessivas altas da Selic, não é incomum observar esses investimentos conservadores perdendo para a inflação. É preciso acompanhar a rentabilidade sempre comparando-a com a inflação já que se a rentabilidade do investimento não acompanhar o aumento de preços do que consumimos, acaba implicando em diminuição do poder de compra de quem está investindo.

Adicionalmente, como frisei no texto do Valor, como não há bola de cristal para saber quando haverá uma virada no mercado. Portanto, é importante manter a carteira diversificada para os investimentos de longo prazo. Essa carteira deve ter a possibilidade de render mais do que a inflação e estar de acordo com o perfil do investidor, é claro.

Se você quiser saber mais sobre diversificação, clique aqui!

Com a carteira devidamente diversificada e, principalmente, alinhada ao seu perfil de investidor e objetivos de longo prazo, não há o que temer no curto prazo. Aliás, esses momentos de crise podem sim apresentar oportunidades para quem está preparado, porque bons ativos estão à venda com preços descontados.

 

Espero que este artigo tenha ajudado a apontar os investimentos mais seguros em momentos de instabilidade geopolítica. Se tiver mais dúvidas, entre em contato clicando aqui!

 

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