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Fundo de Investimento: vantagens e desvantagens

Fundo de investimento: vantagens e desvantagens

Fundo de investimento: vantagens e desvantagens

Um fundo de investimento é uma aplicação financeira, organizada sob a forma de um condomínio de pessoas. Estas pessoas, reúnem seus recursos para serem investidos em conjunto e com o objetivo comum de obter ganhos financeiros.

Cada fundo constitui-se em uma pessoa jurídica própria e os recursos do fundo ficam separados dos recursos do seu administrador.

Cada cotista, ao aportar dinheiro no fundo, recebe uma quantidade equivalente de cotas. Estas cotas possuem um valor diário que é calculado pela soma de todos os ativos (títulos, ações, dividendos a receber, dinheiro em caixa etc) menos a soma de todos os passivos (taxa de administração, corretagem, taxa da CVM, custódia, auditoria, compras a pagar etc), e este valor é dividido pelo número total de cotas do fundo.

Todas as cotas somadas vão totalizar o patrimônio deste fundo. Então, cada cotista é detentor de um percentual dos ativos e dos passivos do fundo, de acordo com a quantidade de cotas que possuir. Inclusive se o fundo der prejuízo, cada cotista será responsável por aportar no fundo o seu percentual neste prejuízo conforme suas cotas.

A rentabilidade – líquida das despesas do fundo e bruta de impostos, ou seja, considerando as despesas e desconsiderando os impostos – também é igual para todos, independente do montante que cada um possuir. A única diferença será em relação ao momento de entrada e de saída do fundo. Mas, em um mesmo período, todos os cotistas tem o mesmo percentual de ganho sobre as suas cotas no fundo.

1- Gestão Profissional

A primeira vantagem que posso levantar é a gestão profissional. Nada melhor do que uma equipe de especialistas, analisando o mercado diariamente e dedicados integralmente para cuidar do seu dinheiro. Enquanto que para negociar os ativos diretamente você precisará estudar cada um deles, negociar o preço, definir quando comprar e vender, num fundo de investimento o gestor fará isto tudo por você.

2 – Diversificação

Outro benefício é a possibilidade de diversificação: como os fundos são um condomínio de investidores, mesmo que o seu montante seja pequeno, ele será somado aos demais. Com valores maiores será possível comprar vários ativos diferentes para a carteira do fundo e esta diversificação vai possibilitar a diluição dos riscos.

3 – Menores custos

Devido ao elevado volume financeiro, os fundos de investimento conseguem efetuar melhores negociações com menores custos de transação do que um investidor comum e isto aumentará a possibilidade de obter maiores rentabilidades.

4 – Eficiência

Há ainda um ganho de eficiência, já que não é necessário ficar acompanhando de perto os ativos da carteira no dia a dia, pois tem um gestor focado nisto. Com isto, o cotista poderá se dedicar à sua profissão e aos seus interesses sem se preocupar se o mercado está subindo ou caindo.

5 – Cálculo do imposto

Outro benefício é o fato de tanto o imposto de renda quanto o IOF, se for o caso, serem cobrados na fonte, ou seja, não há necessidade de o investidor ficar efetuando cálculos para saber sua rentabilidade e nem se preocupar em ter de recolher o imposto.

1 – Come-cotas

Por outro lado, o cotista tem a desvantagem do come-cotas, que é um adiantamento do imposto de renda cobrado nos meses de maio e novembro. (Este come-cotas não é cobrado nos fundos abertos de ações e nos fundos fechados). Se este valor não fosse pago antecipadamente para a Receita, poderia continuar rendendo para o cotista. Isto ocorre, por exemplo, quando um investidor compra uma LFT, título do Tesouro, e só vai pagar IR no resgate ou vencimento.

2 – Taxa de administração

Outra desvantagem é a taxa de administração que o fundo de investimento cobra para remunerar o gestor e o administrador. Como esta taxa aumenta o passivo, a rentabilidade do fundo também diminui. Porém, em alguns casos, o valor pago pelo trabalho do gestor vale a pena e, mesmo com esta taxa de administração, a rentabilidade supera os índices de referência destes fundos, os chamados benchmarks.

3 – Taxa de performance

Além da taxa de administração, o fundo também pode cobrar uma taxa de performance, que é um percentual do que exceder a rentabilidade do benchmark. Normalmente esta taxa de performance num fundo de ações é de 20% sobre o que exceder o Ibovespa, por exemplo.

4 – Escolha dos ativos

Uma outra questão é que o cotista não pode escolher em quais ativos aplicar. Num fundo de investimento, isto passa a ser uma função do gestor. Mas, é possível escolher o tipo de fundo em que o indivíduo vai aportar o seu dinheiro, ou seja, em que classes de ativos vai investir. Existem diversos tipos de fundos como DI, Renda Fixa, Ações, Multimercados, Cambiais etc. Existem também os fundos de fundos, que são aqueles fundos que aplicam em outros fundos. Sempre lembrando que a decisão de qual ativo comprar ou vender e de quando isso será efetivado é exclusiva do gestor.

Além disso, também é recomendável ler a política de investimentos no Prospecto do fundo para entender a forma com que o gestor vai efetuar suas escolhas e aplicar o dinheiro do portfolio.

Alguns fundos tem valores mínimos para a aplicação e/ou resgate, outros são exclusivos para investidores qualificados (aqueles que possuem pelo menos R$ 300 mil investidos em produtos financeiros) ou até exclusivos para um único investidor. Tem fundos que tem mais risco e fundos com menos risco. Cada um é diferente do outro, pois tem suas próprias características.

Na maioria dos casos, se você não é um profissional de mercado financeiro, ainda é mais vantajoso aplicar por meio de fundos se você quiser ter uma carteira diversificada e com uma gestão profissional.

Por fim, a escolha de um fundo de investimento deve levar em conta todos estes fatores e é importante analisá-los bem antes de investir. No longo prazo, pequenos detalhes poderão fazer muita diferença na rentabilidade final obtida.

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