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Entenda tudo sobre investimentos em Títulos do Tesouro Direto

[Atualizado em 13/04/2020] O Tesouro Direto é um sistema desenvolvido pelo Tesouro Nacional com o intuito de comercializar títulos de renda fixa para pessoas físicas. O seu principal objetivo é fazer com que todos possam realizar um investimento de forma fácil e segura.

Em maio de 2015 o Tesouro Direto efetuou algumas mudanças que alteraram tanto os nomes dos títulos quanto sua liquidez.

Uma das maiores dificuldades dos investidores era justamente aquela sopa de letrinhas da nomenclatura dos títulos e estes novos nomes vieram para facilitar o entendimento das características de cada papel. Agora cada título já traz no nome o tipo de rendimento que oferece, a forma de pagamento desse rendimento e o vencimento do papel.

Um outro problema que os investidores encontravam era que a venda dos títulos somente poderia ser efetuada às quartas-feiras, dificultando a liquidez deste tipo de investimento. Porém, desde 30 de março de 2015 o Tesouro Direto passou a efetuar recompras diárias dos títulos dos investidores que quiserem se desfazer destes papéis.

Tipos de títulos públicos e perfis de investimento

Os títulos negociados no Tesouro Direto são de três tipos: pós-fixados, prefixados e papéis indexados à inflação.

Os pós fixados são baseados na taxa básica da economia que é a SELIC, e seus rendimentos podem subir ou cair de acordo com esta taxa. Nos pré-fixados, a taxa já é sabida no momento da compra, ou seja, uma taxa previamente definida. E, por último, os papéis indexados à inflação que recebem a variação da inflação medida pelo IPCA acrescida de uma taxa de juros prefixada definida na aplicação.

Para estes dois últimos (prefixados e indexados à inflação), a garantia das taxas acordadas no momento da compra só se verifica se o título for carregado até o vencimento. Caso o investidor resolva vender seus papéis antes disso, ele estará à mercê do mercado, e poderá até ter uma rentabilidade negativa em momentos de crise.

Veja abaixo os tipos de títulos comercializados no Tesouro Direto e sua nova nomenclatura para que você entenda como funciona cada investimento:

No grupo dos pós-fixados indexados à Selic, só há um título que é indexado à taxa básica da economia.

Tesouro Selic – (ex LFT):

O rendimento oferecido por esse título é a Taxa Selic. Os juros são pagos apenas no vencimento da aplicação junto com o principal investido.

Esse é o título mais conservador dentre os vendidos pelo Tesouro Direto, já que possui baixa volatilidade pois sua remuneração segue as variações da taxa básica da economia, a Selic.

– Perfil de investidor: É indicado para pessoas com o perfil mais conservador, pois evita perdas caso você queira efetuar a retirada antecipada. Indicado também para aplicações de prazos mais curtos ou nos casos em que o investidor não sabe quanto tempo ficará com seus recursos investidos.

 

Neste grupo, foi incluída a palavra “prefixado” na nomenclatura, para indicar que, ao efetuar a aplicação, você já saberá o valor da remuneração.

A taxa pactuada na compra será garantida se o título for mantido até o seu vencimento, porém, se for necessário vendê-lo antes deste prazo, a rentabilidade poderá ser maior ou menor do que aquela contratada na compra. Portanto, o ideal é procurar conciliar o prazo de investimento com o vencimento do título.

Tesouro Prefixado (ex LTN):

Junto com a nomenclatura dos títulos sempre virá a sua data de vencimento. Exemplo: Tesouro Prefixado 2026. Nesse caso, o vencimento será em 2026.

Este título não paga nenhuma remuneração ao longo do período. Somente no vencimento é que o investidor receberá o seu valor investido acrescido dos juros.

– Perfil de investidor: Indicado para quem pode esperar até a data de vencimento do título para receber sua remuneração.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (ex NTN – F):

Como o nome sugere, esse título tem sua remuneração definida no momento da compra e paga juros a cada 6 meses.

No recebimento de juros, haverá a tributação do imposto de renda pela Tabela Regressiva. Nesta Tabela, quanto maior o prazo da aplicação, menor será o imposto. Então se a intenção é reinvestir os juros, melhor optar pelo título que não efetua estes pagamentos semestrais.

– Perfil de investidor: Como o pagamento é feito por semestre, a aplicação é indicada para pessoas que precisam complementar a renda.

Esse investimento garante o aumento do poder de compra do seu dinheiro investido, porque além de ser atualizado pela inflação (IPCA) do período, ainda remunera o investidor com juros prefixados (que garantem o ganho real) por meio de uma taxa determinada no momento da compra do papel.

A taxa pactuada na compra será garantida se o título for mantido até o seu vencimento, porém, se for necessário vendê-lo antes deste prazo, a rentabilidade poderá ser maior ou menor do que aquela contratada na compra. Portanto, o ideal é procurar conciliar o prazo de investimento com o vencimento do título.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (ex NTN – B):

Este título paga juros semestrais e no vencimento o investidor receberá o valor investido atualizado pela inflação (IPCA).

No recebimento de juros, haverá a tributação do imposto de renda pela Tabela Regressiva. Nesta Tabela, quanto maior o prazo da aplicação, menor será o imposto. Então se a intenção é reinvestir os juros, melhor optar pelo título que não efetua estes pagamentos semestrais.

– Perfil de investidor: essa aplicação é indicada para quem deseja receber os rendimentos periodicamente a partir da aplicação. Visto que os pagamentos são feitos semestralmente.

Tesouro IPCA+ (ex NTN – B Principal):

Neste título, não haverá recebimento de juros semestrais e somente no vencimento é que o investidor receberá sua remuneração, além do valor investido atualizado pela inflação (IPCA).

– Perfil de investidor:  é indicado para quem procura uma aplicação para longo prazo, para a aposentadoria, por exemplo e não necessita de complemento de renda ao longo do período do investimento.

 Segue abaixo um quadro com o resumo das características de cada título:

O Tesouro também disponibilizou uma ferramenta em seu site, que poderá lhe ajudar na escolha do título mais adequado ao seu perfil e horizonte de investimento. Veja aqui o Orientador Financeiro do Tesouro.

Como Comprar Títulos no Tesouro Direto?

Para começar a investir no Tesouro Direto você vai precisar ter uma conta corrente e um CPF. A partir daí você deverá escolher uma corretora para ser seu agente financeiro.

Depois ter feito o cadastro no Tesouro Direto, através da instituição financeira (corretora) que você escolheu, você poderá começar a comprar os seus títulos de acordo com o seu perfil de investidor.

E se eu quiser desistir da aplicação?

Se você quiser resgatar seu dinheiro antes do vencimento do seu título, isso será possível.

O Tesouro Nacional recompra qualquer tipo de título independentemente do perfil de investidor. Isso significa que você tem a tranquilidade de poder se desfazer da sua aplicação, caso ocorra alguma situação inesperada.

É preciso ter muito dinheiro para investir no Tesouro Direto?

Não. Com apenas R$30,00 você já pode começar a investir. Também não é necessário ser economista ou especialista no assunto. Qualquer pessoa física pode começar um investimento no Tesouro Direto. Entretanto, precisará da intermediação de uma instituição credenciada.

Vantagens de investir no Tesouro Direto

Espero que essas informações tenham lhe ajudado a entender como funcionam os detalhes dos títulos do Tesouro Direto. Caso ainda tenha dúvidas, deixe um comentário. Ficarei feliz em lhe ajudar!

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