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Brasileiro quer retorno de 1% ao mês – mas será que é isso mesmo que importa?

retorno de 1% ao mês

O famoso retorno de 1% ao mês é o que muitos brasileiros buscam em seus investimentos, mas será que é isso mesmo que importa?

É claro que o objetivo de alguém ao investir é obter lucro. Porém, o retorno mensal não precisa ser necessariamente de 1% ao mês. Na verdade, o retorno líquido real é o que realmente importa, aquele recebido depois de descontado o imposto de renda e a inflação. (Esse texto aqui explica como a inflação é calculada e como ela pode impactar a sua vida e seus investimentos, e esse outro mostra como é a tributação dos investimentos.)

Isso porque a inflação pode corroer o seu patrimônio. Ela é definida como o aumento geral dos preços de bens e serviços em uma economia. Isso significa que a mesma quantia pode comprar menos coisas com o passar do tempo. Então, para aumentar o seu poder de compra, é importante obter rentabilidades maiores do que a inflação em seus investimentos.

Em alguns casos, mesmo que você esteja recebendo um retorno de 1% ao mês, se a inflação estiver muito alta, seu poder de compra pode não aumentar tanto quanto você gostaria.

Para entender melhor, vamos considerar um exemplo: suponha que você investiu em uma carteira diversificada que pagou em média 1% de juros ao mês. Após um ano, você terá um rendimento total de 12,68%. Com uma tributação de 20%, sua rentabilidade cai para 10,15% ao ano.

Agora, vamos considerar duas situações:

Ah, e isso vale mesmo para produtos que não pagam imposto de renda. Nesses exemplos acima, se a carteira fosse composta por produtos isentos de tributação, uma inflação de 3% ao ano geraria uma rentabilidade real de 9,40%, enquanto uma inflação anual de 6% geraria uma rentabilidade real de 6,30%.

Por isso, é importante considerar a inflação ao escolher sua carteira de investimentos. Uma rentabilidade alta pode parecer tentadora, mas se a inflação estiver alta também, o retorno líquido real pode não ser tão bom assim. É fundamental avaliar a taxa de inflação e procurar montar uma carteira diversificada que ofereça um retorno acima dela.

Mas, vamos deixar bem claro aqui que você deve levar em conta a inflação para montar a sua carteira, mas nunca deixe de considerar também seus objetivos, seu horizonte de investimentos e seu perfil de risco. Não adianta querer ter altas rentabilidades na sua reserva de emergências e também não vá comprar tudo em ações se seu perfil é conservador!

Em resumo, lembre-se que o retorno líquido real é o que realmente importa quando se trata de investimentos, não apenas o retorno esperado, como o famoso retorno de 1% ao mês. Então mantenha uma carteira de investimentos diversifica e adequada à você, mas não deixe de considerar a inflação também!

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